Annonaceae

Xylopia ochrantha Mart.

LC

EOO:

497.188,156 Km2

AOO:

212,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020, 2018), com ocorrência nos estados: Alagoas (Oliveira e Grillo 664), Bahia (Belém 2095), Espírito Santo (Assis et al. 4527), Pernambuco (Sevilha 2673), Rio de Janeiro (Lima 5685), São Paulo (Leitão Filho 10745). De acordo com a Flora do Brasil 2020, há possivel ocorrencia da espécie em Pernambuco, porém não há ocorrencia confirmada para o estado de São Paulo.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2018
Avaliador: Marta Moraes
Revisor:
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore com até 20 m de altura, endêmica do Brasil, popularmente conhecida como coração ou pindaíba (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). Foi coletada na Floresta Ombrófila e na Restinga, associadas ao domínio da Mata Atlântica, nos estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Apresenta distribuição ampla, EOO=418268 km², diversos registros em coleções biológicas, inclusive com coletas realizadas recentemente, e ocorrência confirmada em Unidades de Conservação. A espécie ocorre em diferentes fitofisionomias, e não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua existência na natureza. Assim, Xylopia ochrantha foi considerada como Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza.

Último avistamento: 2014
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Fl. Bras. (Martius) 13(1): 43. 1841. Popularmente conhecida por coração ou pindaíba (Flora do Brasil 2020, 2018). De acordo com especialista botânico a espécie: 1 - apresenta uso (madeira, frutos, paisagismo, etc). R: Não. 2 - ocorre em Unidades de Conservação. R: Sim. Reserva Natural Vale, ES, Reserva Ecológica de Carnijó, PE. 3 - apresenta registros recentes, entre 2010-2018. R: Sim. 4 - é uma espécie com distribuição ampla. R: Não. Mata Atlântica; 5 - possui amplitude de habitat. R: Não. 6 - possui especificidade de habitat. R: Sim. 7 - apresenta dados quantitativos sobre o tamanho populacional. R: Não. 8 - em relação a frequência dos indivíduos na população. R: Não tenho certeza. 9 - apresenta ameaças incidentes sobre suas populações. R: Não (Jenifer Lopes, com. pess. 22/11/2018).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Não existem dados sobre a população.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Restinga
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila Densa, Vegetação de Restinga
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane Forest
Detalhes: Árvores de 5-20 m de altura (Belém 2095), ocorrendo nos domínios da Mata Atlântica (Flora do Brasil 2020, 2018).

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3 Logging & wood harvesting habitat past,present,future national very high
Perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001).
Referências:
  1. Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), 2001. Atlantic Forest Biodiversity Hotspot, Brazil. Ecosystem Profiles. https://www.cepf.net/sites/default/files/atlantic-forest-ecosystem-profile-2001-english.pdf (acesso em 31 de agosto 2018).
  2. Ribeiro, M.C., Metzger, J.P., Martensen, A.C., Ponzoni, F.J., Hirota, M.M., 2009. The Brazilian Atlantic Forest: How much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for conservation. Biol. Conserv. 142, 1141–1153.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1 Residential & commercial development habitat past,present,future regional very high
A Restinga é um ambiente naturalmente frágil (Hay et al., 1981), condição que vem sendo agravada pela forte especulação imobiliária, pela extração de areia e turismo predatório, além do avanço da fronteira agrícola, introdução de espécies exóticas e coleta seletiva de espécies vegetais de interesse paisagístico. A pressão exercida por essas atividades resulta em um processo contínuo de degradação, colocando em risco espécies da flora e da fauna (Rocha et al., 2007). Atualmente, a cobertura vegetal original remanescente da Região dos Lagos é menor que 10%(SOS Mata Atlântica, 2018). As Unidades de Conservação até então existentes, não foram suficientes e capazes de deter a forte pressão antrópica sobre os ambientes, especialmente pelas ações ligadas à especulação imobiliária e à indústria do turismo (Carvalho, 2018)
Referências:
  1. Hay, J.D., Henriques, R.P.B., lima, D.M., 1981. Quantitative comparisons of dune and foredune vegetation in restinga ecosystemsin the State of Rio de Janeiro, Brazil. Revista Brasileira de Biologia 41(3): 655-662.
  2. Rocha, C.E.D., Bergallo, H.G., Van Sluys, M., Alves, M.A.S., Jamel, C.E., 2007. The remnants of restinga habitats in the brazilian Atlantic Forest of Rio de Janeiro state, Brazil: Habitat loss and risk of disappearance. Brazilian Journal os Biology 67(2): 263-273
  3. SOS Mata Atlântica/ INPE, 2018. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica. http://mapas.sosma.org.br/ (acesso em 8 de agosto 2018).
  4. Carvalho, A.S.R., Andrade, A.C.S., Sá, C.F.C, Araujo, D.S.D., Tierno, L.R., Fonseca-Kruel, V.S., 2018. Restinga de Massambaba: vegetação, flora, propagação, usos. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, RJ. 288p.

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada na Reserva Natural Vale, ES, Reserva Ecológica de Carnijó, PE.
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G. (Orgs.), 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado do Ambiente -SEA : Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 80 p.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.